Juventude, voz da esperança para o mundo.
Por Josky Menga *
Missionário é aquele que anuncia o Evangelho, fazendo suas as palavras e o testemunho de Jesus Cristo; mas é também aquele que, mesmo sem o anúncio explícito, encarna e vive cada uma dessas palavras, transformando-as em gestos concretos de solidariedade.
Para quem vive a experiência da missão sabe como é difícil superar as dificuldades nestes tempos de pandemia, não podemos mais realizar a missão como antigamente, mas mesmo assim as coisas não podem parar, por isso depois de realizar uma pesquisa neste sentido pelas redes sociais se percebe que ser missionário é ir ao encontro do outro para lhe falar de amor, da palavra de Deus, ir além, olhar sem medo do que vai encontrar, é saber que mesmo nas dificuldades Jesus está ali, sempre colocando uma luz no fim do túnel, por isso é uma questão de amor, quem ama de verdade toma a iniciativa missionária e vai continuar o projeto de Deus, colocando a pessoa humana em contato com o Divino para ser instrumento para Deus se revelar aos outros. É mistério de Deus.
Porém, vendo tudo isso, o jovem precisa ser missionário aonde se encontra e, se sentir esse chamado de Deus para poder evangelizar outro jovem para ouvir a voz de Deus, a missão pode acontecer dentro da sua casa, Igreja, escola, grupo de estudo e trabalho etc. Hoje a situação é difícil, mas, também complicada, vendo a juventude derrubada pelas drogas, não tem como sair dessa situação às vezes por questão de má companhia. Ninguém mais quer ajudar o outro, ninguém mais quer ser o instrumento da paz, voz de Deus, levando a palavra de amor para o próximo. Muito pelo contrário, quer mais curtição e viver na perversidade sem rumo e sem futuro às vezes por causa de medo. Mas ser jovem missionário hoje é ser voz da esperança para o mundo.
Voz que clama no mundo
Missionário é aquele cuja face divino-humana espelha os traços de um Deus pai e mãe, cheio de amor, esperança e compaixão; mas é também aquele em cujo rosto humano-divino imprimem-se as angústias e esperanças dos pobres. Hoje podemos dizer ser jovem missionário nos tempos de pandemia é ser capaz de abraçar o irmão, o outro jovem, com as palavras e ações, com olhares acolhedores, é poder utilizar-se das redes sociais para ajudar os que sentem a dor da solidão e partilhar o pão de cada dia. É sensibilizar-se com a dor das famílias que perderam e perdem um ente querido. Sair de nós mesmos para estar com o outro, escutando e partilhando a dor, mesmo em nossas orações. Portanto, o distanciamento se dá de presença física, mas a presença solidária se faz de muitas outras maneiras, é possível ser presença, basta lembrar da linguagem de Jesus. Linguagem de amor que hoje podemos inculcar na juventude como a voz da esperança para o mundo.
