A vocação nos horizontes da fé e comunhão

A fé é um dado espiritual, ou seja, do nosso espírito, a fé é um dom, um presente, um carisma de Deus ao ser humano, isto é a cada um de nós, filhos e filhas de Deus, o nosso pai comum.

Por Célio Pedro Saldanha Dormelles.

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Porém, mesmo sendo um presente de Deus pai oferecido ao ser humano, de uma forma totalmente gratuita, grátis, pois que a fé é um carisma, ou seja uma graça "Grátis data" dada de graça, a cada filho ou a cada filha de Deus-Pai, pode ser perdida, desprezada.

Mas Deus, ao dar-nos este dom imenso e extraordinário, não nos exige uma quebra brusca da nossa humana liberdade: somos livres e livres permanecemos de aceitar ou não este carisma gratuito este dom da fé que Deus-Pai nos oferece livremente e de uma forma totalmente gratuita: Deus propõe-nos a fé, não há impõe; a fé nos é oferecida por Deus-Pai, não obrigada: Deus nos ama tanto que ofereceu a nós,  filhos e filhas da sua divina paternidade, o grande momento e a grande expectativa de sermos filhos e filhas, através da "PORTA DA FÉ".

Deus abre nos seu coração de Pai amoroso a seus filhos e filhas e de seu coração aberto deixa-nos vê como é grande seu amor a todos nós: as virtudes teologais da fé, esperança e caridade.

Mais... Deus nos deixou a nossa liberdade humana, ou seja, a grande e perigosa arma da liberdade: somos livres, absolutamente livre, para darmos a nossa resposta de sim ou não, aceitar ou não aceitar a proposta de DEUS, nosso pai que tanto nos ama: Deus nos propõe a fé, esperança e a caridade.

Deus não nos força, não nos obriga, apenas e tão somente nos deixa livre. O Pai nos respeita. O Pai não nos força, nos deixa escolher, ser aceitamos ou não a sua proposta, o seu convite, se aceitamos a fé ou não, se queremos aceitar a Deus ou não, se queremos amá-lo e abraçá-lo ou não, aceita-lo como Pai, nosso Pai, ou não, sermos seus filhos e filhas muitos queridos ou não. Tudo depende de nós. Do perigoso uso que fizemos de nossa liberdade humana: do bom ou mal uso que fizermos de nossa liberdade.

Mas, sobretudo, arcar com todas as conseqüência que ela trará para todos e cada um de nós.Cada pessoa será responsável pelas conseqüências de assumir madura e livremente, ou madura  e livremente rejeitar o carisma de sua fé.

Somos tão livres para aceitar a fé ou seja, aceitar a Deus, ignorá-lo ou rejeitá-lo, como para arcar com as conseqüências que essa escolha-adesão a Deus e da fé em nossa vidas, comporta para nós: sermos completamente livres pela aceitação ou ar rejeição de Deus em nossas vidas.

"Carl Sagan dizia que " Ao afirma que não acreditava na existência de Deus, não estava afirmando que Deus não existe. Estava apenas afirmando que ele, Carl Sagan não acreditava. O assunto era ele e não Deus".

"Para quem crê nenhuma explicação é necessária; para quem não crê nenhuma explicação é possível".

* Padre Célio Pedro Saldanha Dormelles, imc é animador vocacional.
(CC BY 3.0 BR)